O
marco inicial da construção de submarinos, no Brasil, foi a
adoção em 1979, pelo Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM), de
uma estratégia de longo prazo visando à obtenção e o conseqüente domínio
dessa tecnologia.
Estratégia que numa
primeira fase foi inteiramente voltada para a montagem, tinha como
objetivos imediatos o desenvolvimento das áreas de produção, de gestão
da qualidade, de projeto e de gerenciamento de materiais e
manutenção. Ela previa os seguintes estágios:
1) construção, no exterior, de um submarino de projeto estrangeiro,
com acompanhamento orientado, de modo a capacitar nossos técnicos e
engenheiros para a construção no Brasil; e
2) em prazo bem mais longo, construção e avaliação operacional de
submarinos de projeto brasileiro e posterior construção de outras
unidades.
A partir de 1982 foram celebrados diversos
contratos entre a MB e o consórcio Ferrostaal /HDW, os quais
propiciaram a construção no AMRJ, dos submarinos Tamoio, Timbira, Tapajós e Tikuna, |
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constituindo, este último, recém batizado e lançado, uma nova
classe, segundo o AMRJ. Cumpre destacar que o primeiro submarino
construído no Brasil veio a ser, também, o primeiro submarino
construído no hemisfério sul.
A obtenção de
tais conquistas envolveu investimentos que não visaram à duplicação, no
Brasil , dos processos de construção adotados pela HDW, na Alemanha, mas
sim com a finalidade de adaptar as instalações existentes no AMRJ e
aproveitar a capacitação da indústria nacional para atender às
características do projeto.
A manutenção da capacitação já alcançada
depende de esforços e investimentos contínuos no preparo e treinamento
de pessoal, mantendo-os em constante atividades nas respectivas áreas
de especialização, assim como o desenvolvimento e implementação de
estudos para atualização e revisão dos processos de construção, de modo
a tornar viável a construção do submarino de projeto inteiramente
brasileiro.
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