Talvez
este
texto seja o
que
maior
dificuldades venha se
me apresentando
para
redigir.
São
idéias
que
me vêm à
cabeça, encadeadas logicamente e
perfeitamente
claras,
sempre pelas
madrugadas,
nos entre-sonos
comuns nessas
horas do
dia,
para
pessoas de
mais
idade,
com é o
meu
caso.
O
fato é
que,
quando
pego a
caneta
para registrá-las,
elas se embaralham, perdem a
seqüência
lógica, desafiam
com
mais
perguntas,
enfim, se tornam
quase
impossíveis de
registro
escrito,
quando estou acordado.
Por
isso o
texto
que se segue pode
não
ter a
força
que
lhe gostaria de
atribuir.
E
por que
este
aparente
descompasso
entre o "brain storming" e a
hora do
registro no
papel?
Talvez
porque
tais
idéias tenham
que
ser
muito
bem trabalhadas,
bem concatenadas e,
acima de
tudo
muito
bem fundamentadas
para,
quando expostas,
não parecem meras
críticas e desmerecerem as
atividades a
que se referem.
Este
texto
poderia se
intitular "Fazemos
parte do
seleto
grupo ...",
ou "Fomos
preparados, e
muito
bem
preparados,
para
isso!",
entre
outros
títulos,
mas o
que
mais espontaneamente
me
veio à
cabeça, foi o
que adotei
como
título: "E Daí?".
O
que
principalmente buscamos
pelo
texto é
chamar a
atenção dos dos
nossos
companheiros de
profissão,
mormente
aqueles
que estão
ainda no
serviço
ativo, de
que existem muitas
oportunidades de
aprimoramento na
instituição
militar
naval.
Não temos a
menor
dúvida de
que os
oficiais de
marinha têm
consciência disso,
mas o
fato é
que, na
ativa,
nem
sempre o
tempo é
propício o
bastante
para
permitir
levantar e
implementar
novas
idéias.
Tanto é
que os
altos
escalões
navais atribuem
esse
garimpo
por
novas
idéias aos
cursos das
escolas
profissionais,
cujos
currículos
aí estão
para
ratificar
tal assertiva.
É
dada a
oportunidade,
portanto, aos
que estão na
reserva,
ou reformados, e
não sublimaram a
Marinha, aprofundarem
estudos e discutirem publicamente
novos
conceitos, sejam
políticos,
estratégicos,
táticos
ou logísticos, de
modo a apresentá-los à
totalidade de
leitores
profissionais
navais e
permitir
que
esses aprofundem
conhecimentos,
para,
finalmente, os
aplicar no
cotidiano do
serviço,
como julgarem
conveniente
Neste
momento o
foco da
abordagem é
sobre a
sistemática de
definição de
novos
meios
navais
necessários ao
curso das
atividades bélicas nas
quais a MB poderá
ser
chamada a
engajar,
principalmente
depois
que foram identificados no
processo de
definição
que se pratica na MB – na
fase
conhecida
como CENAV.
Queremos
deixar
bem
claro os
limites dessa
abordagem, considerando
que o
processo
completo de
definição do
material de
emprego
militar (meios de
guerra) é
muito
longo e
passa
por
anos a
fio (dez,
ou
mais),
por avaliações e re-avaliações, das
quais resultam
constantes
evoluções,
mormente
em
face do
avanço
tecnológico
sempre
presente.
Além de
ser
um
longo
processo, a
discussão
sobre
material de
emprego
militar se desenrola
por
diversos
cenários. Vejamos, a
seguir,
quais
são os
foros dessa
discussão.
Se considerarmos a engenhosidade
mental dos
conhecedores do
assunto, podemos
observar
que
em
primeiro
lugar vem os
ESTRATEGISTAS
que,
com
observações,
considerações e
análises do
que está ocorrendo no
mundo, definem
ameaças e sugerem
necessidades. Seguem-se os CONCEBEDORES,
engenhosas
mentes
que delineiam diversas
soluções
para as
ameaças e
necessidades levantadas no
estágio
anterior, e produzem
elementos
que permitem os
estudos de exeqüibilidade
que se seguirão, invariavelmente, a
fim de
limitar as
soluções às
capacidades tecnológicas, aos
recursos das
mais variadas
naturezas e às
limitações impostas a
cada
um dos
atores interessados.
Esses
dois
foros de
discussão mencionados recaem na
área
que conhecemos
normalmente
como de
Pesquisa e
Desenvolvimento.
Chega,
finalmente, o
momento de serem materializados
meios de
guerra
para
fazer
face às
necessidades levantadas,
decisão
que caberá aos TOMADORES DE
DECISÃO
Esses,
em
função do
estágio
tecnológico, dos
recursos existentes e das
restrições impostas (sempre
presentes!) e
após
estudo aprofundados de exeqüibilidade, buscarão
a transformação do
funcional
em
físico, chegando à
síntese do
que se irá
obter
para
atender às
necessidades levantadas
nos
estágios
anteriores. O
meio
físico
assim
definido irá
fazer
parte,
então, do
que
nos referimos
como
PROGRAMA de
OBTENÇÃO, ficando
finalmente, a
cargo dos CONSTRUTORES, obtê-los.
Embora seja
esse o
longo
processo de
definição dos
sistemas de
armas
segundo o
qual uma
força
armada decidirá,
em
determinado
instante,
qual o
sistema de
armas
que pretende
obter,
nossa
abordagem partirá do
ponto de
definição,
ou
síntese, do
sistema
ou
equipamento
selecionado
até
sua
obtenção, passando
por
sua
operação e
finalmente chegando às
atividades de
sua
eliminação. O
texto se limitará,
portanto, às
atividades de
definição dos
novos
meios,
sua
síntese e
finalmente,
sua materialização, num
processo,
que ocorre de
tempos
em
tempos, ao
qual
nos referiremos
como macro-processo de
obtenção
Embora
seqüência da
fase de
pesquisa e
desenvolvimento,
que
infelizmente
não é
muito praticada no Brasil,
nosso
processo de
obtenção
começa
com a
identificação de uma
necessidade operativa.
Como vimos
linhas
atrás,
ele ocorre da
identificação de uma
ameaça,
ou do
avanço
tecnológica das
forças
que se
nos
vão
opor,
ou do
atraso
tecnológico a
que somos
impostos,
por várias
razões. Dessas, e das
mais
freqüentes, é a
carência de
recursos
para
investir nas atualizações das
forças
combatentes.
Menos
freqüente,
mas
possível,
como temos
visto na
atualidade
brasileira, é a
falta de
visão de
governantes despreparados,
que teimam
em
desaparelhar as
forças
armadas do
país.
Limitados
pela abrangência da
abordagem, e
nos reportando à
experiência
naval do
processo de
obtenção de
meios, passamos a
tecer
considerações do
que ocorre na
fase de
preparação do
poder
naval, no
estágio
que conhecemos
como CENAV.
Fazemos
breve
referência ao
nosso
processo de
definição dos
meios
navais
necessários (referido
como
preparo e
aplicação do
poder
naval),
pois
ele é consolidado
por uma
sistemática
que
não é
muito divulgada a
todos os
oficiais de
Marinha (dela
só se
toma
conhecimento
anos
mais
tarde de
carreira,
já
como
oficial
superior). Esta
sistemática
começa
pela AENAV (avaliação
estratégica
naval),
passa
pelo CENAV (cenário
naval,
ocasião
em
que
são definidas as
decisões de
preparo e
emprego do
poder
naval) e
finalmente as DIPNAV (diretrizes
diversas
para
dar
curso ao
planejamento
anterior).
São
esses os
estágios
que corporificam o
que é referido
como
Planejamento
Estratégico da
Marinha (PEM).
Mencionamos o
fato do
pouco
conhecimento da
sistemática, uma
vez
que julgamos
que
ela
deva
ser
muito
bem disseminada,
mesmo
para os
mais
jovens
oficiais,
para
que
desde
cedo se acostumem a
pesquisar e
procurar
melhores
soluções
para o
processo, acompanhando o
estado dos
conhecimentos, contribuindo,
com
tal
atitude,
para
seu
aprimoramento.
Tal
sistemática deve
ser
pública (e
até
já o é,
embora
parcialmente).
Antes
que se
levante a
crítica dos
menos
avisados, enfatizamos
que o
conteúdo dos
fundamentos ao
Planejamento
Estratégico da
Marinha,
que deve
ser do
pleno
conhecimento e
domínio dos
altos
escalões
navais,
responsáveis
por
sua
formulação e
implementação no
ambiente
naval,
este
sim, deve
ter
elevado
grau de
sigilo,
em
face das
ameaças e dos
riscos
que
lhes dão
origem.
Por
outro
lado, temos a
convicção de
que se a
maioria dos oficias de
marinha conhecessem a
sistemática de
planejamento
naval,
com
certeza
já teriam contribuído, e
muito,
não
só
para
seu aperfeiçoamento,
mas
até das
soluções
que produz, a
luz da
evolução dos
conhecimentos na
atualidade mundial,
principalmente se levarmos
em
consideração a
velocidade de
disseminação das
informações.
Um
ponto
em
que podemos
mencionar
como
exemplo do
aprimoramento
orgânico, é
que
já teriam sido identificadas
disciplinas,
cuja
adoção no
Sistema de
Ensino da
Marinha e
abordagem
apropriada
nos
cursos da EGN, contribuiriam, a
saciedade,
para o
desenvolvimento do macro-processo de
obtenção dos
meios
navais.
Por
seu
turno,
já teriam sido identificados e sistematizados,
igualmente,
novos
processos,
ou,
não
tão
novos
assim,
mas
que
certamente
já teriam sido implantados e implementados no
campo de
conhecimentos de
todos os
oficiais de
marinha, contribuindo,
destarte,
para o aperfeiçoamento e
execução do
serviço
naval. Lembrando de
passagem, citamos o
ALI, a
Engenharia
Logística, a
Engenharia de
Sistemas, a
Gerência de
Projetos, a
Gestão da
Qualidade,
entre
outros
conhecimentos.
Voltemos,
porém, as nossas perple -xidades básicas,
com
relação à
obtenção de
meios
navais.
Mas
não
sem
antes tecermos algumas
considerações teóricas
sobre as
atividades de
obtenção de
sistemas de
defesa.
Essas
atividades
são
responsáveis
pelo
dilema referido na
literatura especia -lizada
como o
dilema "canhões x
manteiga".
Em outras
palavras,
quanto uma
nação deve
retirar do
seu
produto
bruto
para
aplicar
em
armamento,
que garanta
sua
segurança desejada,
mas
que o é
em
detrimento da
expressão
social do
seu
povo.
Sabemos (pode
não
ser
claro
para
todos)
que uma
parcela dos
recursos do
pro- duto
bruto têm
que
ser destinada à
seguran- ça.
Mas
quanto? E se é
retirada,
definida
quantitativamente,
serão
tais
recursos
bem aplicados?
A
última
questão pode
ser elaborada de
forma
diversa,
em
nome da
clareza - se é obtido
determinado
sistema de
armas,
ele o foi da
maneira
mais
eficiente
possível? Representa
isto
que
ele
deva
ser a
última
palavra
em
tecnologia
compatível
com o
horizonte
temporal de
seu
emprego, e de
que seja obtido e
operado
com o
menor
dispêndio de
recursos
possível?
Ou seja, deve
ter
ele
eficiência militar-econômica à
prova de quaisquer questionamentos? (Outros
estudiosos se referem à
relação custo-eficácia).
Claro está
que essas
questões devam
ser
permanente verificadas pelas
instituições apropriadas do
país – o
Congresso
Nacional,
por
meio de
Comissão de
Defesa, seria uma delas; o
Tribunal de
Contas da
União,
outra.
Enfim, seriam usados os
mecanismos de
que dispõe a
sociedade
para
avaliar os
gastos
com as
Forças
Armadas e
para
evitar
desperdícios.
|
|
É
dentro desse
caldeirão de
idéias
que amplio o
texto.
Para
ser
mais
pontual,
específico e
por
nos
permitir
ser
mais
preciso,
pelos
conhecimentos
que temos, vamos
tecer algumas
considerações, num
estudo de
caso
atual - a
obtenção de
submarinos na
Marinha do Brasil.
Embora
não
aparente
ser no
ambiente
naval
brasileiro,
como a
seguir descrito, a
sistemática
corrente
em
vários
países de
considerável
porte
militar,
que consultamos,
parte do
estágio de
pesquisa e
desenvolvimento,
já mencionado
parágrafos
atrás,
para
levantar
possíveis
soluções
funcionais
para as
necessidades identificadas.
Vimos
que
concomitantemente à
identificação de
potenciais
ameaças,
ou vulnerabilidades nossas, os
estrategistas
já vêm indicando,
igualmente,
tarefas
militares a serem cumpridas,
para
encarar as
necessidades identificadas. Desses
estudos,
então, os concebedores,
através de meticulosas
pesquisas e
desenvolvimentos, criam
soluções conceptuais
que atendam às
necessidades levantadas.
Em
função das
características das
necessidades os tomadores de
decisão, num
dado
momento, definem uma
alternativa,
entre várias, a qualserá implementada. O
processo descrito
leva,
normalmente, de 8 a 10
anos,
ou
mesmo
mais, e as avaliações de exeqüibilidade
são
sempre imaginadas
para
um
horizonte
temporal
bem à
frente (considera o
tempo de
definição da
configuração, a
seleção do
meio,
sua
síntese e o
período de
construção,
até o
momento de
sua
entrada
em
serviço).
Fixada a
decisão de se
obter
um
determinado
meio
naval, digamos, a
título de
exemplo,
um
submarino
ou uma
série de
submarinos, escolhido
dentre
vários
projetos
alternativos, o
primeiro da
série
ou a
série
passa a
fazer
parte de
um
Plano de
Construção
Naval.
Não conhecemos na MB
este
Plano,
embora a
Planejamento
Estratégico trate do
mesmo
objeto – a
obtenção dos
meios
navais. Conhecemos,
outrossim, o
Programa de Reaparelha -mento da
Marinha, e entendemos
que
ele seja o
Programa de
Obtenção ventilado
linhas
atrás.
Chegar a
esse
ponto indica
que
muito do
caminho
já foi trilhado. Fixada uma
configuração
selecionada, chegamos ao
ponto de
CONSTRUIR.
Claro
que
nem
sempre o
novo
submarino é
fruto de
um
projeto de
desenvolvimento do
mesmo
país.
Ele pode
ser
fruto da
escolha de
um
projeto
que foi
desenvolvido
em
outros
países. O
fato é
que o
memorável
esforço de
projetar
já foi ultrapassado, subtraído ao
construtor, passando-se a
trilhar o
caminho da
obtenção,
por
construção, se
capacidade tivermos, a
partir do
projeto existente.
Este
fato
nos
leva a
perceber
que
nem
sempre estaremos escolhendo o
projeto da
nossa
inteira conveniência, tendo
que se
adaptar ao
projeto de
origem
alienígena.
Então, é
quase
só
construir! Dizemos
quase
só,
porque os
esforços podem
ser
grandes no
sentido de
absorver,
adaptar e
aprimorar o
método de
construção, no
país. Podem
ser implementadas,
mesmo, algumas mudanças no
projeto
inicial, adaptando-o
cada
vez
mais às
reais
necessidades do
país
construtor.
Enquanto construindo, o
que
já requer
intensa
capacitação
tecnológica, acreditamos
que
deva
ser evitado o
ufanismo
que se consubstancia
pela
repetição da
famosa
frase: "Fazemos
parte do
seleto
grupo
que constrói
submarinos".
Declarações desse
tipo contêm a
mesma volatilidade de outras
semelhantes,
tais
como "Fazemos
parte do
seleto
grupo de tri-campeões mundial de
futebol"
ou "Fazemos
parte do
seleto
grupo de
países
com
consideráveis
reservas de
urânio",
ou
mesmo "Fazemos
parte do
seleto
grupo de
países
que beneficiam o
urânio",
entre tantas outras. Fazemos
parte. E DAÍ?
Construir
navios, uma
complexa
atividade de
engenharia, faz
parte do
acervo de
conhecimentos de
nossos
Engenheiros
Navais (EN).
Portanto,
construir
submarinos,
embora seja esta
atividade de
construção
bem
mais
complexa, se inclui,
também,
em
seu
campo de
atribuições. Os EN
são formados
para
atender à
construção
naval, e
nossos EN cumprem
suas
atribuições básicas
com
muita
competência, sendo,
por
isso,
dignos de
todo
respeito e
admiração. Da
mesma
forma,
nossos
Intendentes
são
oficiais
muito
bem
preparados,
que cumprem
suas
atribuições
com elogiável
eficiência, e
são,
igualmente, respeitados e admirados.
MAS, e
este "mas" é
que
não
nos
deixa
dormir
tranqüilamente,
nos pregando
peças na
calada da
noite, fazendo-nos
acordar assuntando e remoendo questionamentos
não
muito
comuns – "mas",
dizíamos
nós,
quem verifica
qual a
eficiência militar-econômica dos
navios construídos? E
não
só
quem verifica,
mas a
quem cabe
determinar essa
verificação? Estaremos desperdiçando? Gastando
mais
que o
necessário,
ou gastando
ineficien -temente, prejudicando,
por
exemplo, a alocação de verbas
para
educação,
para
alimentação, subtraindo-as de
nossos
compatriotas?
Acreditando na
seriedade das nossas
instituições
nacionais, teríamos a
firme
convicção
que a
série de
submarinos
decidida
obter, foi
perfeitamente justifica -da à
luz da
análise
apropriada realizada no
processo do
estabelecimento de
nosso
projeto de
força.
Uma
vez escolhida uma
configura- ção
para o
projeto de
submarino, devería- mos
acreditar
que
sua
eficiência
em
com -bate,
deva
ter sido,
igualmente, otimizada. Contudo,
sobre
isso podem
pairar algumas
dúvidas,
devido ao
fato de
que
requisitos
operacionais e
técnicos devem
ser fixados à
luz de uma
possível
força
inimiga, de
um
provável
teatro de
operações,
enfim, de
um
provável
perfil de
missão. E,
em
face de nossas
dimensões e
posturas
frente às
demais
nações,
isto
não parece
ser
tão
fácil
definir. De
qualquer
modo, caberá aos construtores
buscar as
soluções
para
atender aos
requisitos
táticos e
técnicos,
pois
eles
já devem
vir
definidos a
partir do
alto
escalão da
força
armada
que vai
operar os
meios a
que se referem.
Por todas essas
razões imaginamos
que a
Eficiência
em
Combate (E) pode
ser considerada
como resolvida e, de
certo
modo, otimizada.
Contudo,
só o
tempo será o
grande
juiz dessa
decisão.
O
problema
que paira
em nossas
dúvidas é o
levantamento dos
índices de
Custos Militar-Econômico (C) – o
custo de
desenvolvimento, o
custo de
construção e de
operação do
submarino,
ou de
sua
série
correspondente.
Não devemos
deixar de
mencionar,
aqui, o
custo de
eliminação.
Serão considerados adequadamente?
Embora possamos
admitir
conhecer a
Eficiência
em
Combate dos
nossos
submarinos,
ou
força de
submarinos,
não cremos
que venha sendo
dada a
mesma
importância no
levantamento dos
índices de
custos militar-econômico e,
sem conhecê-los,
não podemos
conhecer a
Eficiência Militar-Econômica
(∑)do
tremendo
investimento
feito
em
defesa, uma
vez
que ∑ =
onde ∑ é
Eficiência Militar-Econômica e
é a
relação
entre a
Eficiência
em
Combate e os
Custos
para obtê-la.
Sem
conhecer
esses
elementos mencionados
não temos,
por
outro
lado,
como
comparar
opções
alternativas e
novos
projetos, e a
escolha dos
futuros
submarinos dar-se-á de
forma
que
não evitará
desperdícios e
frustrações futuras.
Acreditamos
que nasce,
então,
um
nicho de
oportunidade de
aprimoramento da
instituição
militar. No
caso da MB,
escolher
um
meio
naval (flutuante,
aéreo
naval
ou de
fuzileiros
navais) requer
profundo
conhecimento e
compreensão de
toda uma
sistemática de
obtenção,
inerente na
qual a avaliação das
decisões adotadas. No
caso
que
nos serviu de
estudo, a
obtenção de
submarinos, torna-se
imprescindível,
como
ponto de
partida
para
escolha de
novos
meios de guerra, a
definição do
ambiente
operacional e do
perfil das
missões. A
partir daí,
por
meio da
fixação de
configurações apropriadas, da
síntese e
definição do
que
construir,
fundamentado
em
análise de custo-eficácia,
ou da
eficiência militar-econômica (como
referida
em
alguns
países
que utilizam
intensamente os
submarinos
como
meio de combate), é
possível
otimizar a
solução
para
um
determinado
horizonte
temporal.
Se,
por
outro
lado, quisermos
ter
submarinos
para
somente
satisfazer a
esquadra (partindo do
princípio
que
toda
esquadra deve
ter
submarinos),
ou a
força de
submarinos (partindo do
princípio
que se
não os tivermos
não poderemos
nos
preparar adequadamente, o
que justifica
qualquer
projeto de
submarino encomendado),
ou
mesmo
para
satisfazer a
curiosidade
acadêmica da
construção de
submarinos, ingressando no
seleto
grupo de
países
que constrói
submarinos,
não importando
qual seja o
projeto e
que o
projeto
já esteja terminado –
então,
nada disso
acima discutido tem
significado.
Permanece,
então, a
questão
básica à
declaração "Fazemos
parte ..." – E DAÍ?
***
|